Um pouco sobre a minha história

Meu nome é Letícia, tenho 27 anos, sou brasileira e portuguesa, casada, psicóloga corporal, estudo acupuntura, gosto de ler, escrever, dançar e amo viajar.

Entrei na faculdade de psicologia meio por acaso. Na verdade, tinha escolhido fazer fisioterapia. O que me fez escolher psicologia na inscrição do vestibular? Não sei. Mas mudei de ideia e escolhi a psicologia.

Fiz o curso. 5 anos. Trabalhos e mais trabalhos, apresentações, textos para ler, resumo de capítulos de livros, avaliações práticas e teóricas, estágios, supervisões, TCC, além de noites mal dormidas, nervosismo nas apresentações de trabalhos e nas provas, cansaço extremo pela quantidade de coisa para fazer e entregar no prazo, e ao mesmo tempo uma vontade e sede de conhecimento, de saber cada vez mais, de ir além.

Meus 5 anos do curso foram basicamente assim. Sou fã de Harry Potter, e lembro que no meu primeiro dia de aula, no primeiro ano, pensei "vou ser igual a Hermione, estudiosa". E foi o que eu fiz. Participei de cursos, congressos, ligas, grupos de estudos, participava de supervisões como aluna ouvinte, aulas extras se e quando possível.

Chega um momento no curso, mais ou menos na metade, em que o assunto é: qual abordagem você vai seguir? Na psicologia existem diversas abordagens, isto é, métodos/visões de como você vai manejar o seu trabalho, independente da área que você escolha atuar, e eu sinceramente não me identificava com nenhuma. Sentia que faltava alguma coisa, não encaixava com quem eu era, com quem eu sou. E aí, comecei a me questionar: fiz a escolha certa escolhendo esse curso? Não estou me encaixando aqui, todo mundo já se identificou com algo menos eu, preciso me encaixar.

Então, comecei a me aproximar mais de um professor, porque ele tinha uma visão que me chamava mais atenção. Conversei com ele e descobri sobre a Psicologia Corporal. O que acontece é que na minha Universidade não tinha essa abordagem, ela não era ensinada, então eu não sabia da existência dela. Mas assim, existem diversas abordagens, fica dificil realmente ver todas. Só que, a Psicologia Corporal, não havia nem sido citada em sala de aula. Nunca, por nenhum professor. Até que esse professor começou a falar coisas que me chamavam atenção, que era totalmente diferente do que os outros professores falavam e foi aí que eu fui conversar com ele pra entender o que era aquele pensamento e ele me disse que a abordagem que ele seguia é a da Psicologia Corporal.

Desde então, fui descobrindo um portal de possibilidades que são completamente diferentes daquilo que eu conhecia e que foi passado para mim durante toda a minha vida. No último ano da graduação iniciei uma pós graduação em Psicologia Corporal e foi aí que tudo realmente mudou para mim.

Comecei a fazer terapia com uma terapeuta desta abordagem e meu mundo mudou. Percebi que não vivia a minha vida, mas sim a dos outros, que eu estava apagada, me escondendo de viver a minha própria vida. E tanto a pós graduação, quanto a psicoterapia, ajudaram a me libertar do meu esconderijo.

Fui fazer aquilo que mais queria e não fazia: viajar. Fiz minha primeira viagem sozinha. E foi lá que conheci meu marido.

Logo em seguida veio a pandemia. Minhas asas da liberdade foram cortadas. Mas depois que o pico da pandemia abaixou, que já estava vacinada e para poder ficar com meu marido, que não é brasileiro, fui viajar de novo, viver uma vida nômade.

Por quase 2 anos, conheci várias culturas diferentes, percebi realidades diferentes de vida e ainda realizei meu desejo de viajar.

Chegou um momento que eu e meu marido decidimos parar de viajar e trabalhar ao mesmo tempo e ficar em um lugar só, viajar apenas para férias. Fizemos uma escolha com base em nossos sonhos e vontades, porém não deu certo da forma que gostaríamos, não batia com os nossos valores e mudamos tudo de novo.

Hoje estamos no Brasil, lidando com processos burocráticos e de idioma para ficarmos juntos onde queremos. Iniciei a pós graduação em acupuntura, voltei a atender na clínica corporal (que nesse período de 2 anos viajando parei por 6 meses) e recomecei minha vida no Brasil.

Desde a pandemia comecei a escrever sobre meus sentimentos, emoções, coisas que estavam acontecendo comigo, pensamentos... foi uma estratégia que encontrei para conectar comigo mesma enquanto estava viajando também.

Então, resolvi criar este site/blog e falar sobre questões que acredito serem importantes, sobre algumas experiências que acabei tendo e como isso acabou enriquecendo o meu repertório. A minha clínica de hoje é diferente de quando iniciei a atender logo que me formei, até por que eu sou uma pessoa diferente hoje.

Me considerava uma pessoa tímida, mas percebi nas minhas viagens e relações, que na verdade não sou. Sair da própria bolha faz a gente se enxergar de uma maneira diferente, e foi isso que eu fiz com as minhas viagens e com a terapia.

E é dessa forma que eu faço a minha clínica: com espaço para ser si mesmo, para pensar fora da caixa, para questionar, para aprender, para se conhecer, para sonhar, para sentir e expressar e para trazer a sua essência de volta, porque às vezes a gente coloca ela lá no fundo, num buraco, e precisa de ajuda pra trazer ela de volta.

É o que estou fazendo comigo. Afinal, também sou humana e estou em constante processo de aprendizado e autoconhecimento. Tenho medos, sonhos, vontades e desejos. Erro como todos.

Também, com o passar dos anos, fui aprimorando cada vez mais o meu inglês. Foi um caminho longo para chegar onde estou, estudo inglês desde criança, me sentia bastante insegura pra falar, mas por meu relacionamento ser em inglês desenvolvi autoconfiança em falar uma língua que não é a minha língua materna e me apaixonei em aprender, até porque é uma forma de conhecer mais ainda as culturas dos países que tem o inglês como idioma principal. Então, decidi começar a fazer atendimentos em inglês também.

Enfim, contei um pouquinho sobre mim e espero que este possa ser um espaço de crescimento e conhecimento tanto para mim quanto para você que estiver lendo.

Se quiser conhecer mais sobre o meu trabalho, te convido a olhar os outros posts ou vir falar comigo. Estou aberta a conversas, ideias e sugestões. Também se quiser fazer psicoterapia comigo, é só entrar em contato!

Até a próxima (: