Psicoterapia: tratando a dor na sua raiz
- leticiatercariol
- 27 de jun. de 2024
- 3 min de leitura
As experiências de vida que temos moldam o nosso corpo. Quando digo experiências de vida estou me referindo a tudo o que passamos em nossa vida desde a nossa formação quando estamos no útero da nossa mãe até o momento presente – e que continuam a acontecer até a morte. Então, podemos pensar em eventos, relações, sentimentos, emoções, dores, sensações, etc. O nosso corpo, de alguma forma, conta a nossa história.
Nesse post vou falar mais especificamente sobre a dor. A dor física é um dos fatores que mais direcionam as pessoas a procurarem ajuda. Por que será?
Porque incomoda, limita, nos deixa vulneráveis.
Normalmente, quando essa dor começa a acontecer com muita frequência, seja porque ocorreu um incidente seja simplesmente porque está doendo, o que fazemos é ir em um médico para ver o que é essa dor.
O médico pode te receitar um remédio para alívio da dor, fazer um tratamento medicamentoso de algumas semanas ou meses, te encaminhar para fisioterapia ou outra especialidade que esteja relacionada com o seu sintoma, orientar para fazer exercício físico ou aconselhar a iniciar uma terapia. São inúmeras as recomendações válidas que o médico pode fazer.
Agora, vamos pensar em uma dor que você sinta com frequência, você já foi em vários médicos especialistas na área, fez fisioterapia, fez tratamento medicamentoso, mas é algo que vem e volta. Alguns dias não sente tanto, outros sente mais. Em algumas épocas precisa ir ao médico porque sente muita dor, outras parece que não tem nada acontecendo. Vamos falar e olhar para essa dor.
Quando essa dor começa a ser muito frequente, é muito possível que algo a mais tem aí. Quando digo algo a mais quero dizer que essa dor pode ter um fundo emocional. E tendo um fundo emocional o medicamento, o médico, o fisioterapeuta vão te ajudar a aliviar a dor e não a tratar a raiz do problema, ou seja, a sua causa.
Geralmente o que procuramos quando sentimos dor é o alívio imediato, principalmente quando é uma dor muito forte, também queremos alguém que valide a nossa dor. Então, procuramos algo ou alguém que faça com que a dor desapareça. E ela muito provavelmente vai desaparecer, só que por alguns dias ou algumas horas apenas. Então, pode ser que o tratamento não esteja completo.
Digo completo porque o medicamento e a fisioterapia, por exemplo, são extremamente válidos para o tratamento da dor, e podem ser um complemento para o tratamento junto com a psicoterapia.
O ser humano é um ser biológico, fisiológico, social, emocional e espiritual, daí a importância de um tratamento multidisciplinar.
Você pode se perguntar: se eu sinto uma dor física como isso é algo emocional? Eu sinto a dor, ela é real. E sim, ela é extremamente real.
Tensões, câimbras, espasmos são expressões corporais das emoções e de ideias que não foram expressas ou que foram bloqueadas e tem a função de limitar o movimento corporal, a respiração e as emoções.
Então o que acontece é, quando sentimos dor queremos sentir um alívio, então automaticamente procuramos algo que faça com que a dor desapareça. Porém se houver uma entrega a essa dor pode-se descobrir que tensão é essa, o que vai levar a um relaxamento.
Num corpo que não expressa é desenvolvida uma função de defesa diante da dor contida podendo tornar-se encapsulada, endurecida.
Um corpo que sofre, que se limita, que perde o amor pela vida, que se fecha para novas experiências, é um indivíduo que sofre, que chora calado, que não se arrisca, que tem medo, que não respira, que tem baixa energia. É o templo da dor.
Com a psicoterapia podemos encontrar essa dor que enrijece o corpo, permitindo revisitar a sua história, entendendo como foi formado esse enrijecimento e quais são os sentimentos associados a ele.
Se isso fez sentido pra você, se quiser conhecer mais sobre o meu trabalho, te convido a olhar os outros posts ou vir falar comigo. Também se quiser fazer psicoterapia comigo, é só entrar em contato!
Até a próxima (:
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